terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nota histórica - Para quem ainda não entendeu o porquê da nossa crise.


No auge da crise de crédito, mais chamada de crise da dívida soberana, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram biliões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde conseguir dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas.


A primeira a entrar em colapso foi a Grécia, cuja dívida pública alcançou 340,227 mil milhões de euros em 2010, o que corresponde a 148,6% do seu PIB. Com a luz amarela acesa, as economias de outros países da região foram inspecionadas mais rigorosamente. Portugal e Irlanda chamaram atenção por conta da fragilidade económica. No entanto, o fraco crescimento económico e o aumento da dívida pública na região já atingem grandes economias, como Itália (120% do PIB) e Espanha.


Um fundo de ajuda foi criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE), com influência da Alemanha, país da região com maior solidez económica. Contudo, para ter acesso aos pacotes de resgates, as nações precisam se adaptar a rígidas condições impostas pelo FMI. A Grécia foi a primeira a aceitar e viu manifestações contra os cortes de empregos públicos, programas sociais e aumentos de impostos.


Os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de US$ 14,3 biliões - no último dia 16 de maio. Na ocasião, o Tesouro usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente. O governo, então, passou por um longo período de negociações para elevar o tecto. O acordo veio só perto do final do prazo (2 de agosto) para evitar uma moratória e prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 biliões. Mesmo assim, a agência Standard & Poor's retirou a nota máxima (AAA) no rating da dívida americana.

Adaptado de Reuters.

Sem comentários:

Enviar um comentário